De Chiang Mai para Luang Prabang

O Laos nunca havia entrado para nenhum dos nossos roteiros possíveis, porém já estávamos em Chiang Mais há um mês e vimos uma possibilidade de dar um pulo em Luang Prabang (antiga capital do Laos).

Haviam algumas opções: entre barcos e ônibus optamos pelo barco porque ouvimos falar que a paisagem era compensadora.  Ficamos entre duas possibilidades, os valores eram  bem similares porém uma viagem era de dois dias, onde a travessia era feita de “speed boat” e a outra de dias com o “slow boat”.

Obviamente estávamos bem inclinadas a optar pelo speed boat por chegar mais rápido mas pensamos melhor e verificamos a foto do barco. Então chegamos a conclusão que a viagem seria muito mais sofrida, em baixo de sol forte, sem local para as bagagens e sem um encosto para o acento.

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Belas paisagens ao longo do rio na viagem de slow boat. 

Fechamos com o slow boat e o pacote incluía o seguinte roteiro:

DIA 1 (saída 10h30 e chegada 16h)

  • Transporte de Chiang Mai para Chiang Khong (fronteira com Laos).
  • Parada no ‘White Templo’ de Chiang Rai.
  • Jantar e Hospedagem na pousada Namkhong.

DIA 2 (saída 9h30 e chegada 17h)

  • Café da manhã na pousada Namkhong.
  • Almoço.
  • Transfer até a fronteira Huay Xhai (Laos).
  • Slow boat até a cidade Pak Beng.

DIA 3 (saída 9h00 e chegada 18h)

  • Slow boat da cidade de Pak Beng até Luang Prabang.

VALOR: THB 1800 (equivalente a $ 51 ) por pessoa.

Dia 1

Saímos as 10h30 de Chiang Mai e por volta das 13h30 chegamos ao restaurante Pattharawadee. O lugar tinha um cheiro forte, doce e estranho. Até então não se parecia em nada com um restaurante mas encontramos umas mulheres perto do caixa servindo um  ‘Pad Thai’ vegano e decidimos encarar. O prato estava bom e o valor era muito barato, menos de $ 1.

Depois, observando melhor o local, vimos que o restaurante era na verdade uma grande loja e fábrica de castanhas de caju (por isso o cheiro forte). Haviam castanhas de todos os tipos, cobertas de pimentas, coco, chia , chá verde, etc. Compramos a de coco e ficamos fascinadas com o sabor. Portanto se passar por lá, não se esqueça de provar as castanhas!

Estávamos super empolgadas para conhecer o  Wat Rong Khun ( mais conhecido como o White Templo) que nada mais é que uma obra de arte contemporânea em forma de templo budista.

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White Temple em Chiang Rai impressiona pela beleza e riqueza de detalhes.

Mais 30 minutos  e estávamos lá. O motorista nos deixou na parte de trás do templo, bem longe da entrada principal e nos deu 20 minutos para conhecer o local. O tempo não foi suficiente, só conseguimos olhar por fora e tirar algumas fotos. Caso você você vá conhecer o White Templo nas mesmas condições que nós, peça para o motorista pelo menos te deixar na entrada da frente.

As 16hs chegamos a Chiang Khong, a pousada Namkhong era boa, os quartos limpos e o local muito agradável. Visto que ainda era cedo, fomos dar uma volta na beira do grande rio Mekong, um dos mais extensos do mundo.

Lá encontramos muitos adolescentes na rua, praticando esportes e muitas crianças se banhando no rio com a supervisão das mães. Ali todos pareciam felizes e de bem com a vida, uma cena fantástica.

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Crianças brincando livremente no rio em Chiang Khong.

Dia 2

Acordamos cedo, tomamos o café e seguimos para a fronteira, tivemos que pagar THB 20 por pessoa para pegar o ônibus que iria nos levar até a imigração para tirar o visto. A  retirada do visto foi tranquila e custou $ 35.

Onze horas e já no “porto” para pegar o barco, havia uma lanchonete na qual os turistas se preparavam para a viagem: sanduíches de baguetes, refrigerantes, sucos, salgadinhos, bolachas. Já havíamos nos preparado, no dia anterior quando passamos na 7 eleven de Chiang Khong para comprar uns lanches pra ir beliscando no caminho e o nosso almoço (incluído no pacote) já estava embalado.

Ficamos encantadas com todo o cenário desenhado do rio Mekong e tivemos certeza que o slow boat havia sido mesmo a melhor escolha apesar de mais demorado.

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Eu, no porto de  Huay Xhai, embarcando para Pak Beng

Acompanhamos vários speed boat passando por nós em velocidades incríveis. Eram barcos pequenos e seus ocupantes usavam capacetes de motocicletas. A primeira coisa que pensamos foi: “Aqui as pessoas não usam capacetes nas motos então por que utilizam nos barcos?”. A questão foi rapidamente respondida por um local que informou que pela maré estar baixa não eram raros acidentes com pedras das quais os “pilotos” do barco não conseguiam desviar.

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Monges se preparando para viajar nos chamados Speed Boats.

A chegada em Pakbeng  foi por voltas das 16hs. Mal saímos do barco e já haviam várias pessoas querendo nos vender estadias de hotel mas como a Aline é caxias, já havia feito nossa reserva por $28 no hotel DP Guesthouse (quarto privado, sem o café da manhã). Apesar de haver opções mais baratas, o hotel era super perto dos locais de chegadas e partidas do barco.

No caminho para o hotel observamos ainda vários locais extremamente pobres com suas cabras e em seus casebres. Era notável que o Laos era muito mais pobre que a Tailândia mas apesar da simplicidade haviam muffins, cupcakes, baguetes  e donuts sendo comercializados por todos os lados, surpresas que nos deparamos viajando pelo sudeste asiático.

Dia 3

Acordamos cedo para pegar o barco as 9hs da manhã. Queríamos chegar antes dos outros para conseguir um bom lugar e ficar longe do banheiro ou do motor barulhente já que o barco desta vez era um pouco menor mas com acentos o suficiente para acomodar todos os passageiros.

Este com certeza foi o dia mais cansativo da viagem.Neste trajeto o barco parava muitas vezes para pegar passageiros de pequenas vilas ao longo do rio. Saímos as 9hs e só chegamos as 18h30 em Luang Prabang. Pelo caminho, uma realidade sofrida  e pessoas extremamente humildes.

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Ao longo do percurso, várias paradas em pequenos vilarejos. 

Apesar do longo trajeto, a viagem só foi cansativa no último dia e mesmo assim não foi nada comparado à um trajeto de 24 horas dentro de um ônibus (coisa que já fizemos na Bolívia há alguns anos). A vegetação, as paisagens, as comunidades ribeirinhas, os barcos velozes que passavam por nós, os pescadores, a grandeza do Mekong… tudo fez com que o trajeto fosse leve e estimulante.

Leia sobre mais sobre nossas impressões de Luang Prabang, no Laos.

2 comentários sobre “De Chiang Mai para Luang Prabang

    1. Olá Cláudia, que bom que gostou do post! 🙂
      Compramos em Chiang Mai, em uma agência próxima ao Tha Phae Gate (Mun Mueang Rd, 121), não lembro o nome da agência, preferimos comprar lá pois a vendedora além de atenciosa sabia explicar tudo e nos pareceu muito correta.
      Em Chiang Mai tem várias agências que vendem praticamente o mesmo pacote, o importante é você verificar o que está incluído no preço e o como é o hotel. Boa viagem!!!

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